TERCEIRA SEMANA

Cedo demais para balanço.

Mas esta foi uma semana muito importante, pois viu a chegada neste mundo do meu bisnetinho.

Chegou Martín. E teve que se virar sozinho com mamãe e papai. Nada de avós, tios, nada de priminhos, e muito menos bisavó. Aquela bisavó que está esperando por este bisneto há pelo menos 10 anos, desde que seus pais começaram a dar sinais de que estavam juntos era pra valer: o negócio era sério… de fato, ele chegou; demorou, mas chegou: perfeito, lindo, uma fofura.

É tão esquisito não poder correr para lhe fazer festa, pegá-lo no colo, sentir seu peculiar cheirinho de bebê.

Quantas outras coisas estranhas nos obriga a viver esta quarentena?

Para ser honesta, eu nem percebo este confinamento todo: o celular passa o dia me inundando de informações. É que o mundo inteiro não encontra nada melhor do que desabafar com este objeto fundamental que pode se tornar um instrumento de tortura. Cheguei ao ponto de desejar um apagão generalizado. Vai ver alguém na nuvem leu meus pensamentos, pois desde ontem minha conexão com a internet está instável e improvável. Não que eu não tenha me mexido para resolver, mas talvez não me empenhei o suficiente. De fato, a situação ainda não se normalizou…

Mas voltemos ao Martín: hoje recebi uma foto em que ele está na cama dos pais, sorrindo feliz ao lado dos dois cachorrinhos da família… um poema, uma ternura, lindo, mas eu não gostaria que o menino pensasse que sua família se resume a mamãe, papai e dois cachorrinhos…

Não, Martín, eu estou aqui, olha pra mim, a tua bisa!!!