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Estou certa de que agora vai sair, o meu tão sonhado livro…
João e Raffaella, que são as pessoas com quem conto para preencher minhas lacunas e incapacidades, resolveram levar a cabo a empreitada. Portanto esta não é minha última crônica apenas porque nem crônica é, mas minha despedida delas, visto que todas farão parte do meu livro, e um livro não pode sair arrastando uma cauda como se fosse um cometa…
Tudo que escrevi até agora, inclusive esta despedida, entrará no livro. Depois, se eu ainda escrever alguma coisa, não terá mais o formato de crônica, mas o que a motivação lhe der: bate-papo, denúncia, comentário, ou sei lá o quê, pois não posso prever se vou escrever e muito menos sobre o que vou escrever.
Mas não quero fechar esse capitulo – ou melhor, esta parte do livro dedicada às crônicas – sem dirigir a vocês, meus queridos, assíduos e generosos leitores, um agradecimento sincero por ter-me acompanhado neste percurso de um ano e meio desde o início da aventura. Reparem, faço questão de falar de aventura para não relembrar o doloroso evento que deu início a essa aventura, até porque prefiro sublinhar a profunda importância afetiva e social que teve para mim. Quero agradecer pela oportunidade de reencontrar ou redescobrir afinidades e amigos com os quais pude entabular um diálogo construtivo e muitas vezes consolatório. Talvez vocês considerem impróprio defini-lo um diálogo, pois só eu escrevia, mas foi diálogo na medida em que vocês me responderam a cada assunto, nas ideias que trocamos, nas opiniões que vocês também expressaram, muitas vezes iluminadoras por serem diferentes das minhas.
Foi bonito, acreditem, senti-los receptivos e próximos, e no ato de agradecer, marco encontro no lançamento do meu livro, dentro de alguns meses… eu sei que vocês estarão lá, presentes ou virtuais, porque nunca duvidei da sua carinhosa generosidade.
Até breve
